domingo, 8 de fevereiro de 2009

Quanto vale um amigo. Não se sabe, para alguns vale o tempo em que o outro está disponível para servi-lo, uma amizade relativa e questionável, mas, há quem goste. Para outros vale o tempo do riso, isto pode ser perigoso, já que o riso às vezes passa tão rápido quanto um cometa. Para tantos outros o amigo pode ser mais chegado que um irmão e nesse caso, vale a espera pelo tempo determinado para que este amigo apareça em nossas vidas, nos fazendo muito bem. Guardo na memória todos os bons amigos que conquistei ao longo de minha vida. Lembro-me de uma amiga de infância e parte inicial da adolescência, naquela época em que ainda brincávamos de bonecas, seu sonho era se vestir de branco em sua festa de quinze anos, não deu. Lembro-me de vê-la toda de branco naquele caixão cuja cor não recordo mais, sua mãe tentando nos consolar a mim e a outros muitos amigos que ela havia conquistado embora tenha vivido um espaço tão curto de tempo. Sua morte me marcou por muito tempo, mas o tempo tratou de curar a dor da perda e deixar apenas as boas lembranças. Outros foram vindo e bem vindos, deixaram suas marcas. Mas, o melhor é que alguns dos amigos lá da infância ainda estão por perto, quando a saudade aperta basta um telefonema e pronto me sinto renovada, pode parecer incrível o que um reencontro com velhos amigos é capaz de fazer comigo. Não sou de muitos amigos, no entanto, cada um dos amigos seja ele de longas datas ou amigos que conquistei recentemente é para mim um tesouro que faz a diferença, seja em tempo de choro ou de alegria.


Cirlene Costa

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